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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Parentes de presos de penitenciária de Araraquara, SP, são ameaçados.

Mulheres dizem que dupla em carro prata passou no local e apontou arma.
Ligações em orelhão pediam para que bar fosse fechado na noite de sexta.

Um suposto toque de recolher assustou familiares de presos da penitenciária de Araraquara (SP) na noite desta sexta-feira (16). Eles aguardavam para a visita deste sábado (17) e dizem que foram ameaçados por um homem armado em um carro e receberam ligações para que um bar próximo ao local fosse fechado. Mulheres de presos dizem que veículo foi o mesmo usado por suspeitos na morte de cinco pessoas em dois bairros da cidade na quarta-feira (14).

As ruas do local ficaram vazias e o bar em frente à penitenciária fechou mais cedo. No abrigo municipal onde as famílias dos detentos passam a noite, antes das visitas no presídio, não tinha ninguém e estava trancado. Em outros fins de semana, o espaço fica lotado de mulheres e crianças. As senhas para entrar na penitenciária, que são distribuídas de madrugada, foram entregues mais cedo.

Ligações
Com medo, as famílias dos detentos preferiram não se identificar. Durante a tarde, duas mulheres disseram que foram ameaçadas. Primeiro receberam uma ligação em um orelhão que fica em frente ao bar. “A gente estava sentada no bar, o telefone tocou e uma das moças que trabalha no bar atendeu e desligou. Tocou de novo, eu atendi e o homem falou que... um dos caras que morreu na noite retrasada é parente de um dos caras que está preso no CDP e eles querem vingança, pelo cara ter morrido. Eles vão fazer rebelião e vocês que estão aí fora vão ser atingidos, eles vão passar dando tiros em todo mundo”, disse.

Elas contaram ainda que dois homens em um Meriva prata, que seria o mesmo usado na execução de cinco pessoas na quarta-feira, ameaçaram as famílias que estavam na calçada com uma arma. “Tinha umas 20 pessoas, todo mundo entrou correndo, gritando. Isso está sendo oportunismo ou é uma guerra declarada. Foi uma reação de pânico. Eu vi muitas crianças passando mal, tem muitos inocentes pagando o preço por essa guerra. Eles passaram quatro vezes e na quinta apontou a arma”, afirmou a outra mulher.

Enquanto a reportagem do Jornal da EPTV falava com as famílias, o orelhão tocou novamente. O repórter Paulo Augusto atendeu e foi questionado se o bar já esta fechado. O homem ainda disse para manter o bar fechado porque a noite seria perigosa e que não era para ficar ninguém no local.

Ao questionar sobre o motivo das ameaças às mulheres, o homem desligou. A maioria das famílias dos detentos foi embora e não ficou para a visita. Outras que vieram de fora ficaram abrigadas na casa de amigos.

A Polícia Militar foi até o local durante a noite, mas nenhum incidente foi registrado essa madrugada na cidade.
G1 São Carlos e Araraquara

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