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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sindicato rebate declarações de promotor Cyro Blatter.

Blatter disse durante uma reunião do Conseg que os agentes penitenciários foram corrompidos.

Criado há 42 dias, o Sindicato dos Agentes Penitenciários, Servidores e Trabalhadores do Sistema Prisional (Sindaspen), repudiou as declarações do promotor e conselheiro Cyro Blatter, durante uma reunião do Conselho de Segurança do Estado (Conseg) esta semana.

Os diretores do Sindaspen, Marcelo Avelino e Zeca Medeiros mostraram durante uma coletiva de imprensa que os agentes penitenciários estão na ‘trincheira’ de trabalho no Sistema Prisional. As declarações do promotor, segundo informou o Sindicato, se deu quando o Conseg aprovou o reforço da segurança para o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), pois, o chefe do Executivo estaria sofrendo ameaças por parte dos presos.

“O promotor Cyro Blatter afirmou que os agentes penitenciários estão corrompidos. Isso quer dizer que todos os agentes aceitam algum tipo de ilegalidade. Não concordamos com essa atitude e repudiamos o ato. Se houver corrupto, que investiguem e punam diante da lei, apresentando amplo direito de defesa”, avalia Marcelo Avelino.

Os sindicalistas apresentaram dois levantamentos feitos pelo Conselho de Segurança... e Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP). Os dados versam sobre as fugas ocorridas no sistema prisional desde 2006.

“Entramos aqui em setembro de 2006, e há haviam fugido 253 fugas. Em 2007, houve 38 fugas; 2008, 42 fugitivos; 2009, oito presos conseguiram fugir; 2010, nove detentos; e 2001, tivemos 34 fugas. Com esses números, percebe-se que houve uma redução de 625%. Se todos os agentes fossem corrompidos estes levantamentos repassados pelo SGAP seriam bem maiores”, destaca Marcelo Avelino.

Ainda de acordo com os agentes, se há fugas é por que o sistema apresenta fragilidade. As informações repassadas pelo Conseg mostram que em 2007, o Sistema Prisional tinha a capacidade para 1.700 presos, e havia 1.712 detentos. Já em 2012, a capacidade era de 1.683, sendo que há 2.540 detidos, num excedente de 857 presos.
Nigel Santana
Tribuna Hoje

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