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terça-feira, 29 de maio de 2012

Pombo leva celular para detentos.

Polícia de Pirajuí confirma dois casos, mas JC apurou que a visualização de aves com volumes nas costas é quase diária.


Pirajuí – Em Pirajuí (58 quilômetros de Bauru), os pombos, tradicionais símbolos da paz, estão sendo “recrutados” para uma função nada pacífica. Desde o início deste mês, aves que têm acesso à Penitenciária I (PI) vêm sendo flagradas com uma espécie de “mochila” adaptada nas costas, onde são armazenados aparelhos celulares e drogas. O JC apurou a ocorrência de pelo menos sete casos do tipo. A Polícia Civil confirma instauração de dois inquéritos para investigar eventual crime.
Em um dos casos, o pombo chocou-se contra o vidro da janela de uma das celas do pavilhão três – provavelmente por não suportar o peso de sua bagagem – e acabou morrendo. Na “mochila” que ele trazia no dorso, foram encontrados um aparelho celular com bateria e chip. Em outro caso, funcionários da unidade capturaram a ave viva, próxima ao alambrado da PI, com um celular e bateria nas costas. Além de telefones, os pombos também estariam levando droga para o interior do prédio.

Ainda não se sabe quem seria o responsável por enviar os produtos ilícitos aos presos da PI e nem quem seria o destinatário. Também não há confirmação oficial sobre a existência de suposto “centro de treinamento” na cidade, criado por criminosos para “ensinar” a nova “tarefa” às aves. Existe a suspeita de que...
uma chácara próxima à unidade esteja servindo de base para o ato criminoso já que, dificilmente, os pombos conseguiriam percorrer longas distâncias com tamanho peso nas costas.

Especulações parte, o fato é que os pombos têm acesso livre à PI, onde encontram comida e ambiente propício para fazer o seu ninho. Além disso, a não ser pelos casos descobertos recentemente, dificilmente despertariam a desconfiança de agentes, já quer fazem parte do universo da unidade prisional. A localização da PI, na área rural, em meio a diversas propriedades, também dificulta a identificação de eventuais responsáveis pelo crime.

A primeira ocorrência do tipo teria sido registrada no início de maio. Já o segundo caso oficial ocorreu há aproximadamente uma semana. O JC apurou, contudo, que a visualização de pombos voando com dificuldade nas imediações da PI chega a ser quase diária. Em algumas situações, funcionários de plantão tentaram atrair as aves para verificar o que elas transportavam nas costas, mas sem sucesso.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) mas, até o fechamento desta edição, apesar dos vários telefonemas e e-mails, não havia recebido retorno.

Outros casos

Em junho de 2008, agentes de uma Penitenciária em Marília flagraram uma mulher que visitava um preso com dois pombos escondidos dentro de uma caixa. As aves tinham sacos amarrados nas penas que serviam para o transporte de drogas e peças de celular até a unidade.

Em março de 2009, dois pombos-correio carregando partes desmontadas de um aparelho celular e um carregador de bateria foram apreendidos por agentes de uma Penitenciária de Sorocaba. Os equipamentos estavam dentro de bolsas improvisadas com preservativos, amarradas às pernas das aves.
JCNet

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