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domingo, 6 de janeiro de 2013

Presos agridem agente penitenciário durante tentativa de fuga de hospital de Mirandópolis.

O detento William dos Santos foi recapturado seis quadras do hospital. Já o segundo, foi contido dentro da unidade.

Funcionários, agentes penitenciários e pacientes passaram por momentos de tensão na noite da última quarta-feira (2), durante tentativa de fuga de dois presos que recebiam atendimento médico em uma ala exclusiva localizada na parte interna do único hospital público de Mirandópolis, conhecido também como hospital Geral, na região de Araçatuba.

Conforme apurado pela reportagem do jornal O LIBERAL junto a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), os presos William Bezerra dos Santos, 23 anos, e Reginaldo Rodrigues, 30 anos, cumprem pena em unidade prisional localizada na cidade de Valparaíso. 

No mesmo dia, ambos foram encaminhados pela direção do presídio até a Santa Casa de Valparaíso, porque havia a suspeita de que eles teriam engolido um aparelho celular cada um. Sendo que a presença dos objetos foi comprovada após a realização de exames de raio-x.

Assim, conforme informado pela assessoria de imprensa da SAP, o médico... encaminhou os dois presos para o hospital Regional de Mirandópolis, para passarem por outra avaliação e posterior procedimento cirúrgico e retirada dos aparelhos celulares.

FUGA
Já no hospital Geral, William dos Santos e Reginaldo Rodrigues foram levados para a ala penitenciária do hospital. Nesse local, os dois presos teriam tramado a fuga. Conforme a polícia, William teria sido o mentor do plano frustrado. 

Ele pediu para ir ao banheiro, tendo uma das algemas abertas. O preso aproveitou este momento, rendeu os servidores que estavam no local e entrou em luta corporal com o agente de segurança, que fazia a escolta. 

O detento tentou furar o pescoço do agente com uma arma artesenal - uma escova com uma lâmina na ponta. Mas William não conseguiu ir muito longe. Ele foi recapturado pela Polícia Militar de Mirandópolis a seis quadras do hospital Geral. O agente ficou levemente ferido.

TUMULTO
No tumulto que se formou dentro do hospital, Reginaldo também tentou fugir. Porém teve menos sorte do que o companheiro. Ele foi contido por outros funcionários ainda dentro do hospital e algemado em uma maca.

Além dos dois presos que tentaram fugir, pelo menos outros cinco sentenciados estavam internados no local para atendimento médico. Durante o período em que ficam no hospital, os presos permanecem algemados.

Com relação a fuga, a SAP informou que "todas as providências estão sendo tomadas e as circunstâncias do fato estão sendo apuradas. O juiz de execução será comunicado do fato. Os presos responderão pela tentativa de fuga". Porém, William pode responder também por lesão corporal, uma vez que ele agrediu um agente.

Sindicato cobra mais segurança para funcionários do hospital

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde), Geandra Soares de Macedo, disse em entrevista ao jornal O LIBERAL, ontem, que há muito tempo vem sendo cobrado do Governo do Estado melhorias para os servidores que trabalham no hospital Geral de Mirandópolis. Entre eles, os que atuam na ala penitenciária da unidade de saúde.

De acordo com Geandra, os funcionários do hospital trabalham constantemente com medo, de fuga e resgates de presos. "Infelizmente o caso de ontem (quarta-feira) não foi um fato isolado", disse. Um funcionário, que pediu para não ter o nome divulgado relatou ao O LIBERAL, que a maior luta é para que o Estado reconheça, em primeiro lugar a existência da ala. "Não recebemos periculosidade. Essa é uma das nossas maiores reivindicações", desabafou.

Esse mesmo funcionário disse que conhece pessoas que deixaram de trabalhar no hospital por medo e falta de segurança. "Infelizmente o governo faz vista grossa para nós", completou.

2005
Geandra recorda que em julho de 2005 o hospital sofreu uma tentativa de invasão para resgate de preso com tiroteio e feridos. Naquela ocasião, o Sindsaúde chegou a pedir ao governo estadual o fechamento da ala de presidiários em hospitais públicos gerais que não têm estrutura apropriada para esse tipo de atendimento, colocando em risco a vida dos pacientes, acompanhantes, funcionários, moradores da região bem como dos próprios presidiários.

O Sindsaúde explicou que não é contra o atendimento médico aos presidiários, porém isso deve ser feito em hospital penitenciário e não em hospitais gerais.
DIOGO ROCHA
LR1

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