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domingo, 17 de março de 2013

Agente morto com tiro na cabeça em assalto tem casa invadida.

A viúva do agente chegou à residência durante a madrugada de ontem e encontrou casa toda revirada.

Menos de doze horas após o falecimento do agente de segurança penitenciária, Sebastião Rodrigues Mourão, 50, morto com um tiro na cabeça ao tentar evitar assalto a uma joalheria, no centro da cidade, na última quinta-feira (14), bandidos ainda não identificados pela polícia, invadiram e furtaram sua casa, na zona norte de Marília.

Segundo a Polícia Militar, a viúva do agente chegou por volta das 4h da madrugada de ontem e encontrou a casa toda revirada. Ela relatou à polícia que a janela da cozinha estava arrombada e faltavam diversos objetos. Entre os pertences, foram levados aparelho de som, sanduicheira, computador, impressora, monitor de vídeo e notebook. A vítima não soube informar o horário exato do crime.

A polícia militar foi até o local e registrou um boletim de ocorrência. Buscas foram feitas nas imediações, mas nenhum suspeito foi encontrado. O caso foi encaminhado para o 1º Distrito Policial, que será responsável pelas investigações do crime.


VELÓRIO

O corpo do agente de segurança foi velado ontem na sala 5 do Velório Municipal. O sepultamento aconteceu às 15h, no Cemitério da Saudade. Sebastião era casado e deixa uma filha. Baleado na cabeça ao tentar... frustrar a fuga de ladrões que haviam acabado de assaltar uma joalheria em pleno meio da tarde e na região central da cidade quinta-feira (14), o agente faleceu após resistir por quase 24 horas ao grave ferimento. A família doou suas córneas.

Assim que recebeu os primeiros socorros, cerca de 15 minutos após ser alvejado, Sebastião foi encaminhado ao Hospital das Clínicas e passou por uma delicada cirurgia no crânio. No início da tarde de sexta-feira, ele sofreu duas paradas cardiorrespiratórias em sequência e seu óbito foi declarado pela equipe médica exatamente às 13h05.


Comoção e homenagens marcam sepultamento

O velório e sepultamento do agente penitenciário foram marcados por muita comoção. Colegas de trabalho, amigos e familiares estiveram presentes para prestar homenagem e indignação pela morte de Sebastião. Mais de 100 pessoas passaram pela sala cinco do velório municipal.

Márcia dos Santos Mourão, viúva de Sebastião, ficou ao lado do caixão durante a maior parte do tempo. Amparada por irmãos da vítima e familiares, ela precisou se retirar em alguns momentos por não se sentir bem.

A sala foi ornamentada com coroas de flores enviadas por colegas agentes de escolta e do Hospital das Clínicas, onde o segurança também trabalhou. Para o policial João de Souza Mourão, 53, um dos seis irmãos, a morte de Sebastião é uma fatalidade.

“Nunca esperaríamos que meu irmão fosse morrer dessa forma. Nós ouvimos falar da violência, mas só sentimos na pele quando é alguém que amamos. E a dor é muito grande”, desabafa.

João conta que o irmão trabalhava como segurança nas lojas para ganhar uma renda extra e pagar faculdade para a filha.

“Ele sempre foi muito trabalhador e tinha planos de poder custear a faculdade da filha e exatamente por isso fazia bicos”, diz. Ele revela que neste momento a família está unida e que o medo e a insegurança são muito grandes. “Nos sentimos frágeis, porque um episódio desse acontecer em pleno centro em uma cidade do tamanho de Marília é um sinal do aumento da violência que nos torna inseguros a cada dia mais”, relata.

João diz que o ocorrido sensibilizou marilienses de vários bairros que foram prestar condolências no velório e que agora a família aguarda por justiça. “Nós não sentimos ódio, porque agora a dor é tão grande, que não sentimos nada além da perda. Mas nós esperamos que, embora isso não vá trazer ele de volta, os culpados sejam punidos e paguem pelos seus erros”, termina.


Morte violenta comove a população

A forma violenta como o agente de segurança Sebastião Rodrigues Mourão foi morto na última quinta-feira, comoveu e revoltou a população de Marília. Por volta das 15h do dia 14, Mourão tentou evitar assalto a uma joalheria, localizada na esquina das ruas 4 de Abril com a Paes Leme. Ele surpreendeu Jonathan Camargo, na saída do estabelecimento, com um tiro no tórax. O bandido revidou e acertou um disparo na testa de Sebastião. Ambos caíram na calçada. O agente foi socorrido pelo Samu, enquanto Jonathan foi algemado e levado por policiais que ainda evitaram o linchamento do bandido e a fúria das centenas de pessoas que se aglomeraram no local.

Outros dois suspeitos foram presos no mesmo dia do crime. Os comparsas de Jonathan, Júlio Cesar de Almeida, 39, e Roger Luiz Cardoso Moura, 23, afirmaram inicialmente que só falariam em juízo. Mais tarde, o primeiro falou e negou qualquer tipo de participação, no entanto ele foi apontado por Jonathan como autor do disparo. Os três foram indiciados por latrocínio e, se condenados, cada um pode pegar até 25 anos de prisão em regime fechado.

Responsável pela apuração do caso, o delegado Wilson Damasceno confirmou que os três suspeitos presos pela Polícia Militar minutos após o latrocínio foram reconhecidos por todas as testemunhas do crime. Ainda segundo ele, apenas Jonathan Camargo Grejo, 22, autor do disparo fatal, confessou a autoria.
diariodemarilia

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