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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mulher é presa durante confusão em presídio e agressão a agentes em MT.

Mulher pretendia visitar preso em unidade e foi impedida por agentes.

Durante a greve dos agentes prisionais, as visitas estão suspensas.

Uma mulher foi presa nesta quarta-feira (31) quando tentava visitar um reeducando que cumpre pena na Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. Ela e outros cerca de 50 parentes de reeducandos foram impedidos de entrar no presídio porque os agentes prisionais, que encontram-se em greve, suspenderam as visitas em todas as unidades do estado durante a paralisação...>

Fernanda Pereira da Silva, que também foi ao presídio para ver o marido e o enteado que estão presos, contou ao G1 que os agentes avançaram contra as mulheres que estão mais próximas do portão e impediram a entrada. "Nós estávamos na frente e eles avançaram na gente. Um deles me deu um soco, rasgou minha blusa", disse. Segundo ela, os policiais deram dois tiros para cima na tentativa de amedrontá-las.

Ela disse que, além dela, outras três mulheres foram agredidas. Algumas teriam sido empurradas e caído no chão.

Houve tentativa de negociação dos parentes dos presos com os agentes para que a visita fosse realizada, porém, não houve acordo. Nisso, começou a confusão. Uma mulher que queria visitar o marido disse que os parentes ficaram revoltados e começaram a jogar comida em direção aos agentes. "As mulheres ficaram revoltadas e começaram a jogar comida. A polícia prendeu uma de nós", afirmou Janaina Costa da Silva.

As mulheres alegam que foram agredidas e que os agentes usaram spray de pimenta durante o tumulto na frente do presídio. Os parentes começaram a chegar na unidade por volta das 6h, porém, o horário de visita em dias normais tem início às 8h.

A mulher detida foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Planalto, na capital, para prestar depoimento à Polícia Civil. Até as 11h (horário de Mato Grosso) ainda não tinha sido liberada, segundo a Polícia Militar, que registrou a ocorrência.

O Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional de Mato Grosso (Sindspen) rebateu as acusações das mulheres e negou que os agentes tenham agredido alguém. Argumentou ter sido o contrário e que as mulheres agrediram os agentes e atiraram pedras contra eles. 

A greve dos agentes começou na última sexta-feira (26). A categoria alega que não houve avanços nas negociações com o governo do estado quanto à pauta de reivindicações. O estado conta atualmente com 2.550 entre agentes prisionais e servidores do sistema.

A categoria cobra aumento no efetivo de agentes, além de pagamento de adicional de insalubridade, reajuste salarial e melhores condições de trabalho e segurança. O salário-base de um agente prisional é de R$ 1.998. Eles querem a recomposição de 20% referentes a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014. Conforme o sindicato, a contraproposta do governo foi de apenas 5% e acabou não sendo aceita durante assembleia geral realizada pelos profissionais.

A Justiça determinou que 70% do efetivo trabalhasse durante a greve. No entanto, o sindicato se recusou a cumprir a decisão e argumentou que a legislação prevê a manutenção de 30% em caso de greve.

Na decisão judicial mais recente sobre a greve, o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) declarou nesta terça-feira (30) a ilegalidade da greve. Caso a decisão seja descumprida, deve ser aplicada multa de R$ 7 mil por hora aos trabalhadores.
Pollyana Araújo
G1 MT

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