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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Agentes do ES voltam a recusar entrada de presos, diz sindicato.

Categoria reclama da superlotação em unidades e falta de efetivo.
Secretário de Justiça diz há vários projetos para melhorias do sistema.

Os agentes penitenciários voltaram a impedir a entrada de novos presos nos 12 Centros de Detenção Provisória (CDPs) do Espírito Santo, desde a meia-noite desta segunda-feira (26), segundo o sindicato da categoria (Sindaspes). Eles alegam que as unidades estão superlotadas e a atual situação representa riscos para os agentes e para os detentos. Outra paralisação do tipo já havia sido feita no dia 12 de agosto...>
(Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que sempre está aberta a diálogo e que não concorda com os motivos do protesto, já que projetos para melhoria do sistema prisional do estado estão em andamento.

De acordo com o Sindicato dos Agentes Penintenciários, o CDP de Viana, por exemplo, tem capacidade para 800 pessoas, mas no local estão mais de 1,3 mil homens. O segundo secretário do sindicato, Fabrício Moreira, explicou que as condições de trabalho também não são ideais. “Com essa manifestação, queremos mostrar as condições precárias dos presídios, as más condições de trabalho dos servidores, a baixa quantidade de agentes”, disse.

Conforme informações dos Sindaspes, o impedimento segue sem dia exato para terminar. “Vamos nos reunir com a categoria nesta segunda para decidirmos os rumos dessa manifestação, os próximos passos, caso o governo não apresente uma resposta positiva”, explicou Moreira, que ainda informou que dentro das unidades o serviço continua sendo feito normalmente.

Outro lado
O secretário de estado de Justiça, Sérgio Alves Pereira, contou ter estranhado a paralisação dos agentes e explicou que o governo do estado tem muitos projetos em andamento para melhorar o sistema prisional.

"Não vejo motivos para essa paralisação. No planejamento estratégico do governo consta que até 2015 teremos mais 10 unidades prisionais concluídas. Além disso, para conter a lotação nos presídios, também estamos contratando o serviço de monitoração eletrônica, com as tornozeleiras para alguns presos. Até o final do ano, ainda contrataremos uma central integrada de penas e medidas alternativas. Também temos um concurso em fase final, para a contratação de 500 novos agentes e mais 500 em cadastro de reserva”, falou.

O secretário ainda explicou que se os agentes estiverem com menos de 70% do efetivo parado, uma decisão judicial expedida neste sábado (24) autoriza uma multa diária de R$ 100 mil para o sindicato e os agentes ainda podem responder pelo ato criminalmente e judicialmente. “O governo do estado não está fechado a diálogo, minha sala está aberta para o sindicato, estranhei muito esse comportamento. Essa categoria é fundamental e essencial para segurança do estado. Eles tem que reconhecer sua responsabilidade para com o sistema de segurança”, disse.
G1 ES

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