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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Justiça faz nova audiência para acusados de assassinato de agente penitenciária, em São José.

Segurança e o sistema de videoconferência serão os principais pontos a serem observados a partir das 9h desta segunda-feira, no Fórum de São José, na Grande Florianópolis.

A Justiça fará decisiva audiência no processo que julga os acusados do assassinato da agente penitenciária Deise Alves, ocorrido no dia 26 de outubro de 2012.

A primeira tentativa de videoconferência nesse caso aconteceu em julho, mas o sistema online não funcionou...>
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Agora, a operação será tentada novamente para que quatro réus que estão na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, acompanhem a sessão. São eles, Evandro Sérgio Silva, o Nego Evandro, Rudinei do Prado, o Derru, Adílio Ferreira, o Cartucho e Gian Carlos Kazmirsk, o Jango, acusados de mandantes do crime.

No Fórum deverão estar presentes os réus Marciano Carvalho, Oldemar da Silva, o Mancha, Fabricio da Rosa e a advogada Fernanda Fleck Freitas, acusada de levar a ordem de execução da cadeia para as ruas.

A exemplo de outras duas audiências anteriores, o juiz Otávio Minatto pediu à polícia que seja montado esquema de segurança especial no local porque o processo apura crime de grande repercussão e os réus são líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

Além disso, está sendo levada em conta a grande circulação de pessoas e testemunhas no Fórum. A audiência continuará à tarde, das 14h às 19h, e poderá ser assim sucessivamente todos os dias até 2 de setembro se houver necessidade.

Serão ouvidos policiais, testemunhas e os réus. Ao final, o juiz suspenderá as sessões. Em outra data, anunciará se os réus irão ou não a júri popular pela morte - a chamada sentença de pronúncia.

A videoconferência também será utilizada em setembro, em Blumenau, no julgamento de 98 réus acusados da onda de atentados nas ruas.

O Ministério Público e a Justiça estão na expectativa de que não haja problemas e que as audiências sejam realizadas para que não ocorra risco de excesso de prazo no julgamento, como o DC mostrou em reportagem deste domingo.

O plano para a execução

Insatisfeitos com o corte de regalias na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, presos do PGC e articuladores das ideologias da facção decidiram matar o então diretor Carlos Alves.

Por cartas ou visitas, comunicaram-se entre si e ordenaram a execução do diretor para os criminosos chamados disciplinas, que são os responsáveis por cumprir as ordens nas ruas.

Fabricio da Rosa teria conseguido a arma para o homicídio, uma pistola 9mm. Reuniram-se para a execução Marciano Carvalho dos Santos, Oldemar da Silva, o Mancha, e Rafael de Brito, o Shrek, conforme o Ministério Público.

Baleada e morta por engano

Na noite de 26 de outubro de 2012, uma sexta-feira, em uma moto e em um carro, três homens seguiram o Mégane preto de Carlos Alves até a residência dele. Quando o veículo estacionou, na frente da casa de um familiar, às 21h, no Bairro Roçado (Rua João Fernando Pereira), a agente Deise Alves desceu e acabou sendo baleada.

Deise conseguiu reagir e acertou Marciano com um tiro na perna. Quando ele foi preso, apresentava o ferimento. O carro tinha película nos vidros e por isso os atiradores não perceberam que não era Carlos Alves quem estava dentro. Eles mataram a agente com um tiro no coração por engano.
Diogo Vargas
DIÁRIO CATARINENSE

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