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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Defensoria pede indenização por revista vexatória em mulher de ex-detento.

Mulher foi acusada de esconder drogas em suas partes íntimas.

A Defensoria Pública de São Paulo ajuizou uma ação de indenização em favor da mulher de um ex-detento. Segundo o órgão, ela foi submetida a uma revista vexatória na Penitenciária de Franco da Rocha II, quando o visitava, e ainda foi acusada de portar documentos falsos por uma agente penitenciária. Na ação, a Defensoria pede que a vítima receba uma indenização de R$ 100 mil como reparação por danos morais. 

Todos os domingos, a mulher deixava sua casa em Cajamar, na Grande São Paulo, para visitar seu marido na Penitenciária de Franco da Rocha II. Em 4 de setembro do ano passado, ela conta que, ao passar pela revista de praxe, foi acusada de tentar entrar com drogas escondidas dentro de suas partes íntimas. 

— A Agente Penitenciária me levou a um box. Nesse momento, ela disse “tira a droga e me dá”. 

Daniela disse que... não levava nada de ilícito consigo. Diante disso, a agente penitenciária comunicou que chamaria uma Policial Militar. Com a chegada da policial e outras Agentes Penitenciárias, após duas horas de espera, Daniela foi novamente submetida à revista íntima. 

— Fui obrigada a me despir da cintura para baixo, e agachar por seis vezes na presença de todas. Enquanto isso, a Policial me dizia: ‘você vai tirar a droga? Se você não tirar, será levada ao hospital’, conta. “Eu disse a elas que estava sendo submetida a um constrangimento ilegal, daí recolheram meus documentos e disseram que, como castigo por desacato, proibiriam minhas visitas ao meu marido por 30 dias. 

Após 30 minutos de espera, Daniela foi encaminhada ao Hospital de Caieiras. No local, foi atendida por uma médica ginecologista, que atestou não haver drogas. 

Mesmo após o exame médico atestar a inexistência de qualquer objeto ou entorpecentes, Daniela foi encaminhada a uma Delegacia de Polícia sob a suspeita de estar portando documentos falsos. Segundo ela, “na Delegacia, o Policial entregou os documentos que tinham sido pegos na penitenciária e disse que eu poderia ir embora.

— Quando eu pedi para registrar uma ocorrência em relação à conduta da agente, o Policial Civil me disse que ‘deixasse pra lá’, pois já estava ‘tudo certo’. 

Após 9 horas, Daniela deixou a Delegacia e pôde voltar para casa. 
R7

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