Telefonemas flagram até dívidas entre os presos de Araraquara.
Que há telefone celular dentro da Penitenciária de Araraquara muita gente sabe. Drogas também são vendidas internamente e geralmente entram escondidas das mais variadas formas pelos familiares. Agora a investigação feita pelo Ministério Público (MP) e Polícia Civil reuniu as duas coisas por meio de conversas interceptadas do mesmo aparelho em que o advogado Roberto Fiore fala pouco antes de preso levando celulares a um detento. Nas ligações, um interno pechincha sobre a compra de drogas e outro cobra as dívidas e organiza o balancete financeiro.
Em uma ligação um preso liga para um colega que está em outro pavilhão. Um deles cita vários valores pendentes entre os internos que, juntos, somam R$ 510. "Foi o raio sete que jogou [depositou em uma conta bancária da quadrilha] 150 [reais]. Foi o raio oito que passou 150. Os outros 150 vou falar que não chegou na mão, irmão", diz o detento. A investigação aponta que esses valores estejam diretamente relacionados à venda de drogas dentro do presídio.
As informações, segundo o promotor Herivelto de Almeida, comprovam a existência de droga dentro da Penitenciária. As escutas serão alvo de outra investigação da Polícia Civil.
Claudio Dias
A Cidade
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