O detento Moisés Alves da Silva dos Santos, 39 anos, que cumpria pena de 36 anos - condenado por crimes de homicídio, roubo, formação de quadrilha, tráfico de entorpecentes e outros - foi assassinado por um colega. O crime ocorreu na tarde de sexta-feira, dentro de um carro de transporte de presos, durante a transferência de oito reclusos que saíram da penitenciária Wellington Rodrigo Segura de Presidente Prudente (565 km a oeste de SP) para o presídio de Osvaldo Cruz, na mesma região.
O comboio saiu escoltado de Presidente Prudente com todos os presos algemados e divididos em compartimentos do veículo. Antes da saída, como é prática da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), os funcionários revistaram cada transferido e verificaram se havia algum problema entre os ocupantes do "bonde" (gíria usada para identificar a remoção de presos) e nada foi constatado.
Porém, quando chegaram ao destino... e abriram a porta do veículo, os agentes depararam com Moisés desacordado. O resgate do Corpo de Bombeiros e o serviço de assistência de saúde da unidade foram acionados, mas o preso já estava sem vida.
Outro sentenciado, Rodrigo de Andrade Lima, 26 anos, que cumpre pena por assalto, assumiu a autoria do crime. Ele contou que utilizou os cordões do short e dos calçados que usava para enforcar Moisés. De acordo com a Polícia Civil, ao ser questionado sobre os motivos que o levaram a cometer tal ato, Lima respondeu apenas que seria por intriga envolvendo facções rivais.
O corpo de Moisés foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), e o acusado pelo crime foi autuado em flagrante por crime de homicídio qualificado. Os demais presos que estavam no mesmo bonde foram ouvidos e em seguida, removidos para o presídio de Presidente Venceslau. A investigação sobre o fato prossegue.
Terra
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