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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Presos fazem motim após suspensão de visitas; greve dos agentes continua.

Houve início de rebelião na Penitenciária de Médio Porte, em Porto Velho.
Companhia de Operações Especiais monitora presídios na capital.

Na manhã desta sexta-feira (3) houve o início de uma rebelião na Penitenciária de Médio Porte (Pandinha), em Porto Velho. Os presos colocaram colchões nos corredores e atearam fogo. A Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar (PM) de Rondônia interviu e ninguém ficou ferido. Segundo o capitão da COE Rone Herton, os presos reivindicavam as visitas que foram suspensas na tarde de quinta-feira (1), por causa da greve dos agentes penitenciários.

Todos os presos foram revistados após a ação. O capitão ressaltou que as visitas foram suspensas por segurança. "Por causa da greve, não há efetivo suficiente para manter a ordem durante as visitas", explica Herton.

Os agentes penitenciários e a categoria entraram em greve na quarta-feira (1) por tempo indeterminado. Entre as reivindicações do grupo está... a apresentação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR).

Para não agravar a situação o banho de sol, que também seria suspenso, será mantido e dividido em turnos. "Cada horário será um presídio e em grupos separados para não criar tumulto", explica o capitão.

O dia de visita familiar aos presos da Casa de Detenção de Pimenta Bueno (RO) foi suspenso nesta sexta (3). Os agentes penitenciários se mobilizaram em frente ao presídio municipal e informaram aos familiares que a visita não aconteceria. No município, o efetivo é de 62 agentes penitenciários.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Categoria (Singeperon) do município, Anderson Alexandre da Silva, a medida faz parte da mobilização e é uma forma válida de chamar a atenção da sociedade para a movimentação no setor.

“Não está sendo feito baderna em frente a instituição, mas estamos informando aos familiares que se dirigiram até aqui que não poderão entrar. Eles estão entendendo a situação e retornando para casa”, afirmou. De acordo com Anderson poucas pessoas foram ao local na manhã desta sexta, pois a suspensão foi informada nos meios de comunicação locais com antecedência.

Outro motivo alegado por Anderson para a suspensão das visitas é o baixo efetivo, o que não garantiria a segurança necessária para os apenados e familiares.

Em Pimenta Bueno as visitas aos apenados acontecem as quartas e sextas-feiras, sendo separadas as íntimas e familiares. A visita que deveria acontecer na quarta-feira (1) ocorreu na terça-feira devido ao feriado. Atualmente 258 apenados cumprem pena nos regimes provisório, fechado e semiaberto. Desses, 29 são mulheres.

De acordo com o diretor geral da instituição prisional, Ederlucio Venturim, um acordo foi firmado com os 258 apenados que estão na unidade para que não houvesse agressões físicas ou destruição material. “Foi explicado que com a greve a instituição ficou impossibilitada de proceder com a visita e eles entenderam”, afirma Ederlucio.

Entretanto, o diretor ressalta que a medida tomada durante esta semana não deve ser repetida nos próximos dias. “Resolvemos o problema de hoje, mas esperamos que na próxima semana tudo volte a normalidade. Se não acontecer, na quarta-feira devemos pensar em outra solução”, ressaltou.

Segundo o Singeperon a suspensão será mantida pelas próximas visitas.

Ji-Paraná

Em Ji-Paraná (RO) houve tumulto na frente do Presídio Agenor Martins de Carvalho, onde pelo menos 30 mulheres de detentos aguardavam o momento da visita na manhã desta sexta-feira (3). Segundo a direção do presídio, por causa da greve o número de agentes penitenciários está reduzido, houve demora para a liberação da visita que acabou cancelada.

Por conta da demora 120 presos do Pavilhão A, que receberiam as visitas, quebraram 30 cadeados, danificaram sete celas e se reuniram na quadra, onde tomam banho de sol. Para evitar uma possível rebelião, policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) foram chamados para controlar a situação, enquanto as celas eram revistadas. Ninguém ficou ferido.

De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Singeperon), Valter Aguiar, a mulher de um dos presos teria feito uma ligação e avisado ao detento sobre o atraso no horário de visitas. “A revista parcial nas celas e nos presos deverá ser concluída nesta tarde”, disse Valter.
Paula Casagrande e Larissa Matarésio
G1 RO



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