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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Secretaria garante que CDP de Taiúva faz separação de presos e confirma dois suicídios.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taiúva – que recebe presos de Barretos e toda a região – destoa de 79% de mais de 1000 estabelecimentos brasileiros, que não contam com separação de presos ainda provisórios dos que já foram condenados. Os dados, obtidos com exclusividade pelo Jornal de Barretos, também revelam que o CDP de Taúva também conta com separação de presos por grau de periculosidade, o que não acontece em 68% das prisões pesquisadas. A SAP confirmou, ainda, dois suicídios nos últimos doze meses.

Os números são comparativos ao resultado da inspeção chamada de A Visão do Ministério Público sobre o Sistema Prisional Brasileiro, em 1598 estabelecimentos carcerários, feita durante o mês de maio deste ano, que apontou que... a maioria deles está superlotado. Nesse caso, o centro de detenção da região se iguala. No último levantamento de presos, no último dia 28, foram contados 1135 presos no CDP de Taiúva, representando 367 presos acima da capacidade, que é de 768.

Com relação à separação de presos já condenados dos que ainda estão à espera de julgamento, a SAP também informou que, por ser tratar de uma prisão provisória, “os condenados após o certificado da condenação são removidos para penitenciárias em média no prazo de uma semana”.

Números
O relatório A Visão do Ministério Público sobre o Sistema Prisional Brasileiro, divulgado nos últimos dias pelo MP, informa que, apesar de terem capacidade para 302.422 pessoas, tais estabelecimentos abrigam 448.969 presos, com déficit de quase 150 mil vagas e ocupação 48% acima de sua capacidade.

A superlotação ocorre em todas as regiões do país e em todos os tipos de estabelecimentos – penitenciárias, cadeias públicas (em que se enquadram os CDPs), casas de albergado, colônias agrícolas ou industriais e hospitais de custódia, entre outros.
A inspeção identificou a presença de grupos ou facções criminosas em 287 estabelecimentos, além de constatar que 91% dos estabelecimentos não separam os presos adultos dos idosos (acima de 60 anos).

Dos 1.598 locais visitados, em 780 não havia camas e 365 não tinham colchões para todos os detentos. Em 1.099 estabelecimentos, os presos não dispunham de água quente para banho e, em 636, não eram fornecidos produtos de higiene pessoal. Além disso, 66% dos estabelecimentos (1.060) não forneciam toalha de banho e em 42% (671) não havia distribuição de preservativos.
Jornal de Barretos

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