Recém-inaugurado, CDP de Pontal gera reclamações.

Prefeito da cidade diz que estado não cumpriu promessa de duplicar rodovia e melhorar o Fórum

A região ganhou mais um presídio. Nesta sexta-feira (30), em Pontal, foi inaugurado um Centro de Detenção Provisória de Pontal, que contou até com a presença do secretário estadual da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Porém, a nova penitenciária gerou reclamações na cidade. Um grupo de manifestantes levou cartazes ao local, cobrando a duplicação da rodovia Maurílio Biagi.

O prefeito de Pontal, Antônio Frederico Venturelli Júnior (PSD), não foi ao evento e mandou como representante o presidente do Conseg (Conselho de Segurança), Marcos Pala. No evento, Pala cobrou o Estado a duplicação da rodovia e também melhorias no Fórum da cidade.

Porém, ao A Cidade, o prefeito também mostrou que não está contente com a construção do CDP. A preocupação dele está ligada ao impacto que a unidade de detenção pode causar em uma cidade pequena.

"A preocupação está muito ligada ao setor social e saúde, pois a cidade pode ter de arcar com estes setores, atender a todas essas pessoas, com a estrutura que temos", diz Júnior.

O prefeito ainda lembrou que o CDP foi o único investimento do Estado nos últimos anos , mais uma vez citando a situação do Fórum e da rodovia.

Gastos milhões

O novo CDP da região fica na Rodovia Armando Salles de Oliveira e tem capacidade para abrigar 768 detentos em regime fechado.

Foram gastos aproximadamente R$ 34 milhões para a construção da unidade prisional. Em Pontal, trabalharão 243 servidores. A novidade no CDP são os pavilhões de trabalhos e de serviços, como cozinha industrial, em que os próprios detentos podem preparar suas refeições.  

 Jornal A Cidade

"O que o prefeito não sabe é que o impacto não se limita aos que ele citou e sim na migração dos familiares para a cidade, o aumento da criminalidade, o investimento das facções envolvidas onde eles compram hoteis, restaurantes, bares e etc, além do interesse no novo local, pois se tiverem clientes, lá vão eles implantar uma boca e algo mais; quando o preso sai de liberdade e a prefeitura não tiver uma estrutura de despacho dos mesmos, eles ficarão na cidade desenvolvendo suas habilidades, e adeus cidadezinha pacata do interior".