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domingo, 4 de novembro de 2012

Matador de PMs terá regime diferenciado.

Geraldo Alckmin assume pela primeira vez a participação do crime organizado na onda de violência.

Pela primeira vez desde o início da onda de violência que já resultou na execução de 86 policiais militares em São Paulo neste ano e de pelo menos 70 civis apenas nos últimos sete dias, o governador Geraldo Alckmin assumiu ontem a participação do crime organizado por trás dessas mortes e prometeu punir os criminosos com RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). “Vamos colocar esses bandidos em cadeia e, se necessário, também haverá isolamento absoluto dos líderes do crime”, disse.

No RDD, o preso perde todos os benefícios. Tem só duas horas de banho de sol, não pode ler jornais, revistas, assistir à televisão e ainda fica sem direito à visita íntima. Em 2006, a ameça de levar líderes do PCC para esse regime motivou a megarrebelião que atingiu quase todos os presídios paulistas, além de ataques da facção criminosa.

Ao assumir a disposição de contra-atacar com rigor o crime organizado, Alckmin, indiretamente, recusou novamente a ajuda do governo federal para colocar o Exército nas ruas de São Paulo, a exemplo do que foi feito no Rio e em Alagoas, onde os índices de criminalidade caíram após a intervenção.

BATE-BOCA/ Nos últimos dias, essa questão da segurança fez o governador e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, trocarem acusações publicamente. Enquanto Alckmin dizia não ter recebido nenhuma oferta de ajuda, o ministro afirmava que São Paulo a havia recusado.

Ontem, Cardoso reafirmou sua oferta e criticou o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, por ter comentado no dia anterior que a Polícia Federal não tem conhecimento da realidade dos presídios paulistas, de onde saem as ordens para a criminalidade. “Acho que a melhor coisa que um homem público deve ter nas horas de crise é a humildade. A arrogância não resolve absolutamente nada. São Paulo tem uma excelente polícia, homens capacitados, mas a Polícia Federal também tem e o país sabe disso”, cutucou.

Na opinião do coronel José Vicente da Silva, especialista em segurança, o governo federal não tem nada a oferecer a São Paulo, que conta com a melhor polícia do país. “Além de não conhecer a cidade porque são estranhos, eles não têm acesso às informações de inteligência levantadas aqui”, diz.
Diário de São Paulo

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