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domingo, 10 de julho de 2011

São Carlos deve deixar de receber presos da região em 6 meses

Desde o dia 1º de março deste ano, os presos em flagrante ou recapturados em Araraquara e mais 18 cidades da microrregião são encaminhados diariamente à Cadeia de São Carlos, a uma distância de 40 quilômetros. A medida provocou uma série de reclamações e, por motivos técnicos, deve ser revertida até o final do ano. A previsão é utilizar a Cadeia de Santa Ernestina, a 53 quilômetros de Araraquara, que hoje é ocupada por mulheres, para receber os homens infratores até o ingresso no sistema prisional convencional.

A informação foi passada com exclusividade pelo delegado Fernando Giaretta, titular da Delegacia Seccional, que explica as razões da mudança em pouco tempo: São Carlos corresponde a outra chefia, e a Região de Araraquara usa o espaço provisoriamente, desde a desativação da Cadeia de Rincão em fevereiro, depois da fuga de nove detentos, em outubro do ano passado.

Apesar da distância ser maior entre Araraquara e Santa Ernestina, com a relação a São Carlos, a mudança é necessária para evitar superlotação nesta cidade.

Para evitar uma ‘bomba-relógio’ e desgaste político, diariamente, policiais daqui seguem a São Carlos e fazem a retirada dos internos. Isso mudará com a inauguração do Centro de Detenção Provisória (CDP) Feminino de Guariba. O prédio terá 768 vagas e deve ser inaugurado até dezembro para receber as presas de Santa Ernestina. A partir daí, as mulheres detidas em flagrante terão como destino a Cadeia de Fernando Prestes, que terá três celas e 12 vagas. "Poderemos usar a Cadeia Feminina de Santa Ernestina — cuja capacidade é de 25 pessoas em cinco celas — para abrigar os presos masculinos sem deixar esse ônus para São Carlos", diz Fernando Giaretta, que espera manter uma equipe de escolta no mesmo modelo adotado anteriormente em Rincão para não prejudicar os policiais civis envolvidos com investigações.


O delegado não polemiza, mas, segundo policiais ouvidos pela jornal Tribuna Impressa, parceiro do SCA, o ideal seria encaminhar os detentos diretamente ao Centro de Detenção Provisória (CDP), em Araraquara. Porém, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária não aceita a inclusão imediata. Por isso, existe o gasto. O preso viaja, fica um dia na cadeia e retorna, percorrendo, hoje, 80 quilômetros em um intervalo inferior a dois dias. Em seis meses, esse percurso aumentará em 20 quilômetros.

Cláudio Dias/Araraquara.com

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