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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Penitenciária admite que preso foi morto dentro de unidade prisional.

A Pastoral Carcerária Diocesana de Barra do Piraí/Volta Redonda divulgou ontem que a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP) respondeu a denúncia da mãe de um detento que morreu no interior de uma unidade prisional. A denúncia foi feita ao Governador Sérgio Cabral e a SEAP através de uma carta escrita pela mãe da vítima e entregue a pastoral.

“A SEAP procurou saber na penitenciária e o diretor na unidade prisional enviou um documento a SEAP no qual ele declarou que Geraldo foi assassinado por outro interno e que a morte dele não teve a ver com a falta de atendimento médico”, declarou a coordenadora diocesana da Pastoral Carcerária, Mara Borella. 

Segundo relatos da mãe... e que consta no documento enviado ao governador, ela foi visitar o filho, Geraldo Augusto Hartung Alves, 44 anos, no Presídio João Carlos da Silva, em Japeri, RJ, no dia 3 de maio e notou que ele apresentava problemas de saúde.

“Ela pediu a transferência do filho e não aconteceu. Ela já vinha visitando o filho e ele estava machucado e psicologicamente não estava bem. A mãe expressou a preocupação para a diretoria do presídio e pediu a transferência do filho para uma unidade hospitalar ou psiquiátrica”, explicou padre Milan Knezovic, na ocasião em que o documento foi enviado. Ele é responsável pela Pastoral Carcerária na região.

Cinco dias depois da visita da mãe, ou seja, dia 8, Geraldo ainda estava no presídio. Mara disse que a mãe relatou a pastoral que um funcionário da penitenciária informou a ela que não havia vaga no hospital. Essa informação também constou no documento enviado ao governador. No dia 21 a mãe ficou sabendo da morte do filho por telefone e por telegrama sem qualquer explicação do motivo de sua morte.

A mãe foi até o IML de Nova Iguaçu, para onde o corpo da vítima foi transferido. “Na certidão de óbito dizia que a morte foi causada por ‘hemorragia interna do tórax e abdômen por ação contundente’. A mãe não teve maiores informações sobre as circunstâncias da morte do filho, foi então que ela acionou a Pastoral Carcerária.

“Esta mãe não fez só um desabafo em sua carta como disse no documento o diretor da penitenciária, ela fez uma denúncia. O desabafo ela fez com a equipe da pastoral quando nos procurou. Sabemos que esse não é um caso isolado. Ele veio a conhecimento público, porque há como comprovar. Quantos casos acontecem e não tomamos conhecimento”, disparou a coordenadora da Pastoral Carcerária.

Mara completou informando que a família da vítima já entrou com uma ação judicial contra o Estado. “Nós não procuramos saber qual o delito que levou o detento a prisão, nós somos uma parcela da sociedade que luta pela dignidade e humanidade daqueles que estão pagando pelo delito que cometeram. Nós estamos de olho e acompanhando”.

O diretor do Presídio João Carlos da Silva informou que o autor do homicídio já confessou o crime e que foi instaurado um procedimento para apurar o caso.
A Voz da Cidade

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